sexta-feira, 28 de setembro de 2007

BOA PEDIDA !




Começou bem a Berimbaueira - série de atividades relacionada ao berimbau – com a mostra comentada de áudio visuais sobre arcos musicais africanos, realizada pelo Mestre Cobra Mansa, na Casa da Mandinga no dia 27 de setembro, quando a cidade estava em festa comemorando com carurus o Dia de Cosme e Damião.

A mostra é resultado de uma pesquisa que Cobra Mansa vem realizando há anos e que cada dia que passa torna-se mais rica e ele mais bem informado sobre o material da sua pesquisa. O mestre é hoje qualificado como um dos bons pesquisadores da capoeira, manifestação, segundo ele -o que é verdade-, tem sido responsável pela atualização de vários aspectos relacionados às manifestações da cultura negra, na África e na diáspora africana

Mais berimbaueira acontecerá e, em breve, deverá apresentar como atração um tocador de arco musical africano de boca e outras pesquisas.

CAPOEIRA VIVA!


CAPOEIRA VIVA!
No próximo dia 9 de OUTUBRO, às 10 horas, será lançado em Salvador o novo Edital do Capoeira Viva, programa do Ministério da Cultura. O ato vai acontecer no Palácio Rio Branco, localizado na Praça Municipal. Para este ato a Fundação Gregório de Mattos, responsável pelo Edital, está convidando todos os mestres, capoeiristas e admiradores da capoeira para se fazerem presentes. Lembramos que com os recursos do Capoeira Viva o Instituto Jair Moura melhorou sua capacidade de prestar serviços, informatizou grande parte do seu acervo, projetou ainda mais seu raio de ação, realizou uma série de atividades, criou hábitos culturais e esboçou outros projetos como a TV CAPOEIRA.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

BERIMBAUEIRA NA CASA DA MANDINGA

DIa 27 com o Mestre Cobrinha Mansa apresentação e discussão sobre os arcos musicais africanos
apareçam...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Retomada

No dia 6 de setembro o Grupo de Estudos Mestre Noronha retomou suas atividades na sede da Mandinga realizando mais uma rodada de leituras e comentários de textos. Na oportunidade Cristina Rosa apresentou um texto de sua autoria

Cumprindo com o dever

Por solicitação da professora Amélia Conrado da Escola de Capoeira Angola Irmãos Gêmeos do Mestre Curió o Instituto Jair Moura repassou informações para colaborar no processo de catalogação do acervo da referida Escola. O Instituto faz isso por dever, pois par prestar serviço como este foi financiado pelo Capoeira Viva. Faz também pelo prazer de estar contribuindo para colocar em condições de uso mais um acervo de capoeira.

Instituto envolvido



Neste ano – 2007 – a Prefeitura Municipal do Salvador está comemorando o Ano Municipal da Leitura. No dia 13, como parte da programação, foi realizada uma atividade no Centro Histórico de Salvador, denominada de Aula a Céu Aberto, com a participação de aproximadamente 700 estudantes da rede pública de ensino. Enquanto os meninos circulavam pelas ruas apreciavam espetáculos de dança, desfile de fanfarras, rodas e aulas públicas de capoeira realizadas pelo Grupo Mandinga e a Fica – Federação Internacional de Capoeira Angola. Dentro da programação Sabiá e o mestre Cobrinha Verde narraram suas experiências para os estudantes. As atividades foram encerradas com a apresentação do afoxé Filhos de Ghandi.
O Instituto Jair Moura envolveu-se na programação articulando a presença dos grupos de capoeira e sugerindo nas atividades por eles realizadas.

Tema de Carnaval 2008 sera a CAPOEIRA

O acervo do Instituto Jair Moura vem servindo de apoio à pesquisa que o Projeto Pelourinho Cultural do Instituto do Patrimônio Artístico Cultural do Estado da Bahia (IPAC), realiza como subsídio para a criação do projeto do Carnaval do Centro Histórico de Salvador de 2008. Neste ano o tema do Carnaval da Bahia será a capoeira e, em função disso o Pelourinho deverá, durante o carnaval, ambientar-se como adereços da capoeira e incluí-la na sua programação festiva. O apoio inicial do Instituto se efetivou com indicações de textos e imagens.

domingo, 2 de setembro de 2007

Grupo de Estudos do Mestre Noronha na ativa


o Grupo de Estudos Mestre Noronha retoma
suas atividades na próxima semana, em novo horário,
quinta-feira, 06 de setembro de 2007, às 18hs30 na
Casa da Mandinga.
O texto a ser discutido de Cristina Fernandes Rosa, doutoranda nas áreas de estudos decultura e estudos de performance da UCLA, participem!
qualquer dúvida entrem em contato pelo telefone 71 33285756 ou pelo e mail institutojairmoura2@gmail.com

Nireu Cavalcanti encontra registro de capoeira em 1789

O arquiteto e historiador Nireu Cavalcanti relevou no Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro a mais antiga prova documental da existência da capoeira.

Por NIREU CAVALCANTI

O capoeira

O mulato Adão, escravo de Manoel Cardoso Fontes, comprado ainda moleque, tornou-se um tipo robusto, trabalhador e muito obediente ao seu senhor, servindo-lhe nas tarefas da casa.

Manoel resolveu explorá-lo alugando-o a terceiros como servente de obras, carregador ou outro qualquer serviço braçal. Tornou-se Adão deste modo uma boa fonte de renda para seu senhor.

Com o passar do tempo, o tímido escravo, que antes vivera sempre caseiro, tornou-se mais desenvolto, independente e começou a chegar tarde em casa, muito tempo depois do término do serviço. Manoel questionava-o: o que levava à mudança de conduta? As desculpas eram as mais inconsistentes para o senhor. Até ocorrer o que já o preocupava: Adão não mais voltou para casa. Certamente fugira para algum quilombo do subúrbio da cidade.

Para sua surpresa, Manoel foi encontrar Adão por trás das grades da cadeia da Relação. Havia sido preso junto a outros desordeiros que praticavam a capoeira. Naquele dia ocorrera uma briga entre capoeiras e um deles fora morto. Crimes gravíssimos para as leis do reino: a prática da capoeiragem, ainda resultando em morte.

No decorrer do processo constatou-se que Adão era inocente quanto ao assassinato, mas foi confirmada sua condição de capoeira, sendo, por isso, condenado a levar 500 açoites e a trabalhar dois anos nas obras públicas.

Seu senhor, após Adão cumprir alguns meses de trabalho e ter sido castigado no pelourinho, solicitou ao rei, em nome da Paixão de Cristo, perdão do resto da pena argumentando ser um homem pobre e, portanto, muito dependente da renda que seu escravo lhe dava. Comprometeu-se a cuidar para que Adão não mais voltasse a conviver com os capoeiras, tornando-se um deles. Teve o pedido homologado pelo Tribunal em 25.04.1789.

(ANRJ — Tribunal da Relação — cód. 24, livro 10)